Alunos participam de debate sobre Impeachment

Alunos participam de debate sobre Impeachment

A pouco mais de 24h da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, mais de 500 alunos debateram a situação política do país na manhã no sábado, dia 16, no auditório do Colégio Contato, com professores, historiadores, juristas e estudantes universitários.

Foram convidados para a discussão o jurista Welton Roberto, PhD em justiça penal internacional, o historiador Fabiano Duarte e o estudante de Filosofia Islânio Santiago. O debate foi mediado pelo professor Ricardo Corrêa, que conduziu o encontro com objetividade e imparcialidade. "O objetivo é incentivar os alunos a participarem deste momento histórico sem tentar conduzi-lo a nenhum ideologia", disse.

Os debatedores convidados também esperam ter contribuído na formação da opinião dos estudantes e na construção dos argumentos sobre o tema, uma vez que foram expostas opiniões diversas sobre o processo de impeachment. Para o estudante universitário Islânio Santiago, por exemplo, o pedido de cassação do mandato da presidente é justificável porque "há indícios de crime de responsabilidade fiscal durante o seu governo" e isso, segundo ele, seria suficiente para tirá-la do cargo público. "Se mentimos para o Governo, cometemos um crime. Quando o Governo mente para nós, é o que?", questiona.

Já o jurista Welton Roberto e o historiador Fabiano Duarte, mestre pela UFAL (Universidade Federal de Alagoas), são contra o impeachment de Dilma Rousseff. Para o Welton, "é preciso falar sobre as questões técnicas jurídicas em envolve o assunto e se posicionar de forma racional", defende.  E Duarte, apesar de considerar o atual governo indefensável por acreditar que" a discussão em plenário é para saber quem administra o fundo público a favor do mercado, e não do social", afirma que a processo de cassação é uma tentativa de golpe político.

Para a estudante do 3º ano do Ensino Médio, Esther Fereira, o debate mostrou que é importante defender a democracia e, principalmente, o pluralismo de ideias."Saio daqui com a certeza de que minha voz  e a de todos importa. Somos todos iguais!", ressalta.