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A escolha certa

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By on jan 17, 2018 in Geral, Projetos pedagógicos | 0 comments

Pais decidem matricular filhas no Ensino Fundamental e elas são destaque em seu primeiro ano no colégio.

As alunas do 6º ano do Ensino Fundamental Ana Beatriz Barros e Beatriz Alcântara têm muito mais em comum que apenas um apelido carinhoso. As Bias gostam de ler, curtem estudar História, não são muito fãs de Matemática e acham as aulas de Ciências do Colégio Contato muito divertidas.

Além disso, as duas garotas ainda são boas em enfrentar desafios. Não por acaso, decidiram estudar no Contato, mesmo com a fama das aulas serem muito difíceis. “Algumas pessoas disseram até que eu ia reprovar”, lembra Ana Beatriz. Mas, junto com os pais, elas decidiram se matricular e encarar os professores rígidos e as provas complicadas que acreditavam existir na escola.

Beatriz Alcântara escolheu estudar na unidade do Contato no Farol, porque ficava mais perto da sua casa, e a Ana Beatriz, na da Jatiúca. Uma escolheu praticar vôlei; a outra, ginástica. E ambas descobriram que as aulas no novo colégio não são complicadas, os professores não são chatos e os boatos quase sempre não são verdades.

No primeiro ano no Contato, elas descobriram que tudo é diferente do que falavam e ainda se destacaram entre os colegas. A Beatriz Alcântara foi Aluna Destaque no primeiro bimestre deste ano com a segunda melhor nota da sua turma e a Ana Beatriz foi Aluna Destaque em convívio com os colegas. “Aprendi a ser melhor e os professores não ficam bravos comigo porque eu gosto de falar”, brinca Ana Beatriz.

A adaptação à nova fase escolar – a transição do Ensino Fundamental I para o Ensino Fundamental II – foi acompanhada de perto pelos pais desde a escolha da escola. A família da Ana Beatriz já tinha pensado no Contato como opção e achou o momento oportuno. “Como a turma do 6º ano é só de novatos na instituição, sem grupos de amigos já formados, achamos que era uma boa hora para ela mudar de escola e ter um bom convívio com os colegas”, explica o pai, Emílio Barros.

Já a mãe da Beatriz Alcântara teve resistência à escolha da fi lha pelo Contato porque também acreditava que o projeto pedagógico da instituição era muito rígido.”Tive receio da Bia não conseguir se adaptar ao colégio, mas depois percebi que os profissionais são muito receptivos. Na primeira reunião de pais com o diretor pedagógico João Tomaz, vi que eles pensavam como eu”, disse Vitória Alcântara.

As dificuldades na adaptação também foram superadas em conjunto. Ana Beatriz, por exemplo, estuda matemática com a avó, que é engenheira, e a aluna vai até participar da próxima Olimpíada Brasileira de Matemática.

Para Beatriz Alcântara, o desafio foi um pouco maior. Além de ter que se acostumar com o novo ritmo das aulas, precisou também se adaptar ao método de avaliação. Na escola anterior, ela não fazia provas, mas se preparou com antecedência e conseguiu uma das maiores médias da turma. “Eu prestei atenção nas aulas e comecei a estudar uma semana antes das provas”, conta Bia. A mãe resolveu ajudar e estudou com ela, mostrando exemplos de questões. “Praticamente nos internamos para estudar e ensinei que ela tinha que escolher a resposta que acreditasse ser a correta entre as alternativas”, relembra Vitória Alcântara.

A coordenadora do Ensino Fundamental na unidade do Contato Farol, Jadna Brito, ressalta que ter um calendário pedagógico definido já no início do ano pode facilitar na preparação e na adaptação à nova fase escolar. “Logo no início do ano letivo passamos o calendário de provas para os pais e para os estudantes. Sabendo dessas datas, o ideal é que o aluno se prepare antes e estude diariamente”, aconselha.

Ana Beatriz e Beatriz Alcântara estão indo muito bem no primeiro ano como alunas Contato e, apoiadas pelos pais, pretendem continuar estudando no colégio. “Quero ficar até o terceirão”, adianta Ana Beatriz. Até lá, as alunas ainda vão passar por outra fase de transição, do Ensino Fundamental para o Ensino Médio, mas elas já mostraram que sabem o que fazer diante de desafios.

Texto de Mayara Barros publicado na Revista Contato! Edição 2015.

Clique aqui para ver a Revista Completa.

Ana Beatriz, aluna do 6º ano

Ana Beatriz, aluna do 6º ano

Em algum lugar no passado

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By on dez 1, 2017 in Geral, Memórias, Projetos pedagógicos | 0 comments

Projeto “Café com os avós” resgata a história com a ajuda das famílias dos estudantes.

Na primeira vez em que o aposentado Irineu Gomes de Souza, avô do aluno Lucas Martins, veio à Maceió, em 1964, o mundo passava por transformações. Os Estados Unidos viviam a euforia da primeira visita dos Beatles ao país. No Brasil, os militares destituíam o presidente João Goulart – eleito democraticamente pelo voto popular – e instituíam o Golpe Militar no País. Mas seu Irineu não pensava nisso. Seu foco – e principal motivo da vinda a Alagoas – era uma namoradinha de juventude que residia em Murici, a 51 km da capital.

Para chegar mais rápido ao encontro, escolheu se hospedar no antigo Hotel Central, na Praça dos Palmares, próximo à estação de trem. Antes de ir, quis conhecer a bela capital que o recebeu. Passou as instruções para o taxista: queria ver todo o litoral da cidade. “Mas a corrida terminou na Pajuçara, na Praça Lyons”, relembra com humor do curto passeio.

Jatiúca e Ponta Verde ainda não tinham orla, não eram sequer bairros. “Eram a praia das acanhadas, das meninas que tinham vergonha de mostrar o biquíni na praia da Avenida, para onde todo mundo ia”, conta seu Irineu, aos 71 anos – 16 deles morando em Maceió. Sua história em Alagoas, porém, começou mesmo nos anos 70, em Penedo. Seu Irineu saiu de Petrolândia, Pernambuco, para ser radiotelegrafista na histórica cidade alagoana, na época em que o lugar era um importante centro de cultura nacional. Viveu o auge da Penedo do Festival de Cinema e dos encontros dos governadores do Nordeste, promovidos pela Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste). “Em 1975, eu fui responsável por transmitir o encontro para o Recife por telégrafo”, orgulha-se.

Admirador das belezas naturais do nosso Estado e contador de história por dom, seu Irineu compartilhou seus causos com bom humor e orgulho no Café com os avós realizado pelo Contato em maio deste ano. O evento teve ainda exposição de fotografias feitas por alunos, oficina com rendeiras e apresentações de folguedos regionais.

O Café com os avós é a conclusão do projeto pedagógico Conhecendo nosso estado e as belezas naturais, desenvolvido com os alunos do 6o ano do Ensino Fundamental. “A proposta é trazer o passado para o presente com ajuda das famílias”, explicou a coordenadora pedagógica Mauricéa Nascimento.

Mauricéa explica que o projeto é feito em etapas, com apresentações em sala de aula, atividades para serem feitas em família, e é finalizado com o encontro entre professores, alunos e familiares. Na primeira fase, é trabalhada a geografia e a história de Alagoas em sala de aula, com material didático específico. “Nas aulas, é transmitida aos alunos a história dos primeiros bairros da capital e a origem do nome Maceió”, explica.

Depois de ter aprendido sobre a origem do Estado e de sua capital, os alunos devem entrevistar seus avós. Na entrevista, os avós relatam memórias da juventude vividas aqui em Alagoas. Em seguida, o colégio os convida a compartilhar essas histórias com toda a turma.

O projeto, no entanto, não acaba com o fim do ano letivo. É dada continuidade ao conteúdo nas turmas de 7o e 8o anos, agora com foco nas belezas naturais de Alagoas e nas questões ambientais. Nesse período escolar, os alunos conhecem reservas naturais e pontos turísticos do Estado. O objetivo pedagógico, ainda de acordo com a coordenadora do Ensino Fundamental do Contato, é estimular os alunos a desenvolverem ações locais de cidadania. “Apesar de não ser um conteúdo complementar, queremos que os alunos conheçam a cidade para se tornarem cidadãos cada vez mais responsáveis”, ressalta Mauricéa.

Seu Irineu também acredita que conhecer o local onde vive pode fazer a diferença. Por isso, resolveu colocar em versos o que vê diariamente durante suas caminhadas pela orla de Maceió. Com estilo literário de trova e cordel, o aposentado reuniu 12 poemas no livreto Belezas de Maceió, que trata sobre as praias e outros pontos turísticos da capital alagoana.

Mesmo depois de aposentado como bancário, ele resolveu continuar em Alagoas, onde criou raízes, dois filhos e quatro netos, que aprendem e se divertem com as histórias do avô. Para contar seus versos e causos para o neto Lucas, seu Irineu até trocou o velho telégrafo pelas novas tecnologias. “Ele me manda poesia até pelo Whatsapp”, revelou Lucas com bom humor, e afirma achar divertido não só o café, mas qualquer hora com o avô.

Texto de Mayara Barros publicado na Revista Contato! Edição 2014

Clique aqui para ver a Revista Completa.

Irineu Gomes, avô do Lucas Martins

Irineu Gomes, avô do Lucas Martins

 

Dia das Crianças Contato – por Marina Sayuri seta titulo

By on nov 10, 2016 in Geral | 0 comments

11 de outubro, eu me lembro bem, um dia antes do feriado do Dia das Crianças. Essa data ficou realmente marcada em minha memória. O Contato havia preparado uma apresentação para várias crianças carentes de alguns orfanatos em comemoração a esta data.
Antes de começar a apresentação eu não estava muito empolgada, pensei que não seria nada demais, que não faríamos nada mais que dançar. Porém, assim que entrei e vi o lugar todo decorado e alegre, um monte de alunos e várias crianças ao redor de um banco vermelho, senti uma mistura de ansiedade com alegria.
Assim que me posicionei no palco, apesar de toda aquela decoração em volta, que estava muito legal, a primeira coisa que eu realmente notei foi a carinha das crianças. De primeira elas pareciam meio curiosas em saber o porquê de várias meninas estarem com roupas coloridas lá em cima. Mas depois que soltou a música e começamos a dançar, a expressão delas mudou. Os olhos curiosos se encheram de brilho e cor e surgiram muitos risos e sorrisos.
Foi algo mágico. A minha sensação, que a princípio era de alguém que estava fazendo algo apenas por fazer, mudou para de alguém que parecia estar fazendo algo lindo. A sensação de leveza e felicidade em ver aqueles coraçõezinhos disparados, pequenos sorrisos abertos, olhinhos brilhando mais que estrelas, não se comparava a nenhuma outra. Foi ficando cada vez melhor, aos poucos as pessoas foram se soltando, se levantando e começando a imitar nossos passos, e de repente, quando vi, praticamente todo mundo estava dançando, todos parecendo se divertir muito.
Desde esse momento de euforia até o de entrega de presente, foi incrível, eram risos e sorrisos um atrás do outro. E saber que eu fiz parte daquela sequência só me deixou melhor. Apesar de a surpresa ter sido para as crianças carentes, todos que participaram – pelo menos da parte da manhã – gostaram da festinha tanto quanto elas.
Agradeço ao Contato por proporcionar mais um momento incrível para todos os alunos. Esse momento, muito mais que me trazer créditos, me fez ter a melhor das experiências e viver um dos mais gratificantes sentimentos. Eu sei que um dia meus estudos aqui vão acabar, mas tudo o que já vivi nesta escola me acompanhará para sempre. Obrigada.

Marina Sayuri Ikeda Santos