Memórias de um Polinerd

By on jan 8, 2013 in Geral, Projetos pedagógicos | 0 comments

 A Influência das Pessoas em Nossa Vida

           Quando somos jovens, uma hora ou outra acabamos fazendo uma besteira. Afinal, somos jovens e ser jovem é mais ou menos isso, não é? É certo que em 90% dessas vezes ouviríamos aquele já tão conhecido discurso: ”Você sabe o que fez? Tem noção do que fez?”, ”Isso é irresponsável da sua parte”, ”Você acha que o que fez foi certo?”, e muitas vezes, no meu caso: ”Você acha que isso é algo que você faria normalmente?” e, quando o caso já se repetiu e é mais sério, ”Você gosta da pessoa que está se tornando?”. Quando eu faço uma besteira, penso nos meus pais e no que vai acontecer claro. Mas quando tudo acaba, quando paro para pensar no que fiz, a primeira pessoa em que eu penso é no meu avô.

         Quando isso acontece, paro e logo penso: ”O que ele acharia se estivesse aqui?”. Meu avô, para mim e para muitos, foi uma grande pessoa, pois infelizmente não está mais aqui. Era uma pessoa comum, não fez nada de grande destaque, não há monumentos dedicados a ele e dentro de alguns anos ele será esquecido. Mas, pelo que lembro e pelo que ouço muito falar, era uma daquelas pessoas mais corretas possíveis, daquelas que tinha uma risada que alegrava qualquer um e estava sempre com algo engraçado pronto, não deixando de ser sério e correto quando a situação exigia. Vejo isso por minha mãe e meus tios, que apesar de eu odiar (admito), ás vezes, são as pessoas que eu mais admiro pelo seu caráter, assim como meu avô. Amigo de todos, cresci ouvindo que no seu enterro até as mulheres da limpeza de seu consultório apareceram. Ele, então, é meu exemplo de caráter e de como eu gostaria de ser quando crescer.

            O mundo mudou muito desde que ele se foi, e se ele estivesse comigo para me ver crescer, tenho certeza que eu cresceria de uma forma muito diferente. Ele foi um homem ”à moda antiga”, assim como minha mãe e meus tios são, e admito, no mundo de hoje seria chamado de ”cabeça fechada”. A adolescência traz períodos bons e ruins (ou deveria dizer fáceis e não tão fáceis?). Nos bons/fáceis, seria só alegria. Já nos ruins, que normalmente envolvem ”coisas que não são para sua idade” (palavras da minha mãe), aí o bicho pega. Se com minha mãe, criada por ele, já é difícil, imagina como não seria com meu avô, correto e á moda antiga. Os ”talvez” ou ”sim” que recebo ás vezes se transformariam em um grande e sonoro ”Não!”.

            Isso talvez me tornasse uma pessoa melhor, ou talvez simplesmente não fizesse diferença nenhuma. O fato é que sempre tento guiar minhas ações pelo que ele acharia e se teria orgulho da pessoa que estou me tornando. Vi uma vez em um filme em que as pessoas, até mortas, têm influência sobre nós e nossas ações na terra, e depois de um tempo vi que era verdade. Foi dando um exemplo, que ele influenciou a minha vida, e para melhor. Gosto de pensar que seguindo o pensamento dele, me torno uma pessoa muito mais responsável, apesar de nem sempre fazer isso. Mas posso dizer, com plena certeza, que, quando o faço, sinto-me mil vezes melhor.

                

Memórias de Polinerd é um projeto  de redação da turma do NAVE 1º ano, feito durante o ano letivo de 2012.

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