Para Salvador Dalí, destino poderia ter vários significados. Poderia, por exemplo, ser representado por auto retratos gigantes em forma de tartarugas. Por que não? Para o Walt Disney, o homem, destino seria um conceito um pouco menos  abstrato : transformar animação em arte. Em 2003, “Destino” assumiu essas duas versões em um só formato.

Em 1946, pouco depois dos dois terem se conhecido, Salvador Dalí montou seu cavaletes dentro dos estúdios Disney e começou a trabalhar num projeto de animação que teria o tempo, seu personagem preferido, como protagonista. Mas – quem diria! – o projeto teve que ser suspenso porque a perda do mercado europeu durante a Segunda Guerra Mundial comprometeu as finanças do estúdio.

Quase 50 anos depois, o inexorável tempo voltou a colocar Destino em curso quando o projeto foi achado nos arquivos do estúdio em 1999. O desafio, então, era decifrar os storyboads de Dalí, já que a animação contava apenas com 17 segundos (a sequência das tartarugas). Seria impossível sem a colaboração do animador Jonh Hench, que trabalhou com o pintor surrealista em 1946.

Em 2003,  a animação, ou melhor, a obra de arte ficou pronta! Claro que a gente não vai nem tentar interpretar o resultado. Clica aí e viaja um pouquinho.