Medicina por vocação

By on abr 23, 2019 in Enem, Geral, Vestibular | 0 comments

Ex-aluno do Contato, o médico Igor Padilha atua em hospitais renomados do país

A voz calma e firme do médico Igor Gomes Padilha já indica um sintoma claro da sua condição: a maturidade. Com apenas 28 anos, o ex-aluno do Contato trilha uma jornada acadêmica e profissional de sucesso, atuando como neurorradiologista em alguns dos hospitais e laboratórios mais importantes do país, a exemplo do Hospital Samaritano e Hospital Alemão Oswaldo Cruz, ambos em São Paulo.

“Acredito que a determinação e a resiliência fazem parte do perfil de quem escolhe a medicina”, afirma Igor. Sua trajetória ratifica essa premissa, pois inclui passagens pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), na qual foi aprovado no concorrido curso de medicina, Universidade de Sorbonne, em Paris, na qual fez parte do internato, Santa Casa de São Paulo e Universidade de Montreal, no Canadá. Nestas duas últimas, fez a residência médica em radiologia e diagnóstico por imagem, sendo ainda fellow em um programa de subespecialização de neurorradiologia, no qual acompanhou de perto o trabalho de experientes profissionais.

A área é uma subespecialidade da radiologia médica, identifica e avalia anormalidades no sistema nervoso, cabeça e pescoço. “É um campo bem tecnológico e, por isso, chamou minha atenção desde o início da faculdade”, contou Igor, que atualmente é responsável pelo acompanhamento de pacientes com doenças neurológicas degenerativas e vasculares, incluindo AVCs e outras patologias cerebrais.

DECIDINDO A PROFISSÃO

A paixão pela tecnologia vem desde a época do colégio, quando ele participava das olimpíadas de matemática e física. “Eu gostava muito de exatas, então, num primeiro momento, pensei em fazer alguma engenharia. Porém, no último ano do Ensino Médio, conversei com meu irmão e outros colegas que faziam medicina e a área da saúde acabou parecendo mais interessante, pela diversidade de opções de especializações”, contou.

Igor explica que a possibilidade de trabalhar em uma área muito especializada e a troca com os pacientes também eram um grande estímulo. “Além disso, queria exercitar minha empatia e vi que a medicina era um campo oportuno. Acho que a primeira coisa que temos que fazer ao decidir a profissão é pensar no nosso sonho. Se o seu sonho é ajudar as pessoas, abdicar da sua vida em favor dos outros, continuar estudando, superando desafios, não se acomodar, pôr a vida do outro à frente da sua, a escolha pela medicina é clara. A profissão é isso: ter empatia, colocar-se no lugar do outro, pensar no paciente como se fosse um parente, lembrar que ele é amado na família, que tem uma presença marcante”.

Quando estava decidindo qual curso escolher, Igor costumava ler biografias de médicos e se inspirou na trajetória deles. “Temos que buscar inspiração nas pessoas boas que passam pela nossa vida. Eu guardo sempre a imagem de alguns professores que tinham traços muito positivos, traços que eu trouxe para a minha vida e profissão. Trago muito dos meus pais, que são exemplos para mim, meus irmãos, que são sempre um suporte. Meu irmão também é médico e me antevia coisas que podiam acontecer. Todas são formas de inspirar”, afirmou.

LONGE DO MAR

Natural de Maceió, Igor morava com os pais na capital e teve a primeira oportunidade de morar fora durante a faculdade. Antes disso, a dedicação aos estudos só permitia viagens pontuais. “O engraçado é que eu viajava por causa das olimpíadas de física e de biologia pelo Brasil, era muito legal para conhecer outras culturas e vivenciar as diferenças. Durante a faculdade, a gente também acaba viajando para congressos. Mas minha primeira vez morando fora aconteceu no internato em Paris. Foi excelente. Além de ser uma experiência rica em termos profissionais, pois trabalhei em centros de excelência, lá eu tinha um tratamento de igual para igual, recebia os mesmos desafios e metas que os franceses”, contou.

Há alguns anos morando em São Paulo, o médico passou a valorizar o que, no passado, não recebia tanta atenção. “É uma cidade onde o anonimato predomina, mas aos poucos você aproveita os benefícios dela. Sinto falta da família, do aconchego do lar, daquele suporte mais perto, mas agora sempre posso dar um pulinho de volta e as vindas acabam trazendo um frescor. Passei a valorizar as pequenas coisas. É saudável, gosto dessa oportunidade de viver longe”, disse.

CIENTISTA

A rotina intensa de trabalho em laboratórios e hospitais na capital paulista não tem sido um empecilho para deixar de pesquisar e produzir no meio acadêmico. Igor já ultrapassa cinquenta artigos científicos publicados em congressos regionais, nacionais e internacionais, alguns em revistas de relevante impacto científico. “O local de trabalho é um grande estímulo, pois meus colegas têm uma importante bagagem acadêmica. Eles são um incentivo para que eu continue investindo em conhecimento, me atualizando, publicando e buscando aperfeiçoamento contínuo na carreira”, destacou.

DICAS

Para os alunos que estão pensando em fazer medicina, Igor dá alguns conselhos. “Acho que a disciplina é o ponto fundamental. Não existe isso de que só gênios passam em cursos concorridos, na verdade essas são as exceções. O que, na verdade, ocorre é que as pessoas que conseguem chegar lá têm, de um lado, determinação, disciplina, resiliência e, do outro, um suporte emocional, aquelas companhias queridas que sempre estão incentivando, além de estar em uma escola que estimule intelectualmente, com professores motivados e atualizados, atentos às nuances e desenhos das provas, bem como às questões do vestibular. Valorize seu potencial e acredite em si. Essa é a maior chave para a conquista do que você deseja, seja qual for o curso”, conclui com o mesmo tom tranquilo e seguro.

Texto da equipe Em Contexto Comunicação publicado na Revista Contato! Edição 2019.

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