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Superação na vida e nos esportes

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By on out 14, 2018 in Esportes, Geral | 0 comments

Rerold Leandro, aluno do 6º ano, utiliza o esporte para superar barreiras e ter mais saúde e autonomia

O esporte e a educação são algumas das principais matérias-primas utilizadas para a construção de histórias de superação. E a vida de Rerold Leandro, aluno do 6° ano do Contato, é a prova disso. Aos 12 anos de idade, com paralisia cerebral, ele iniciou rotinas regradas, como a de um atleta. O destino já apresentava sinais de que o esporte faria parte de sua vida e seria motivação para o seu desenvolvimento.

Rerold passou a andar de cadeira de rodas, mas isso não o impediu de iniciar práticas no atletismo. Foi na Associação Pestalozzi de Maceió que conheceu o esporte, mais precisamente as modalidades Arremesso de Peso e Lançamento de Pelota. Com os treinos e a prática de musculação, incentivados inicialmente pela profissional de educação física Camila Campos, o garoto já participou de competições, como os Jogos Paralímpicos de Alagoas e o Jogos Estudantis de Alagoas (JEAL), e se prepara para as Paralimpíadas Escolares, que será realizada em novembro, em São Paulo.

O pequeno atleta compartilha um pouco do sentimento ao viver no mundo do esporte. “Tem sido uma experiência muito boa. Gosto de cada etapa, do treino, da musculação. Sem contar as aulas de educação física na escola. Faço tudo isso porque não gosto de ficar parado, gosto de movimento, de praticar esportes para ter mais saúde. Não viveria sem o esporte. O Atletismo já faz parte da minha vida”, afirmou.

Rerold também gosta de ver esportes na TV, principalmente basquete e futebol. Torcedor da Seleção Brasileira e do Barcelona, da Espanha, o jovem falou sobre inspirações e esportistas que mais admira, entre eles o Edjamerson de Melo, o Eddy Monstro, também da equipe de atletismo paralimpíco da Pestalozzi, o jogador argentino Lionel Messi. “Gosto muito do Messi. Me inspiro nele porque, assim como eu, também é baixinho e superou muitos obstáculos para chegar onde chegou”, revelou.

Outra referência citada por Rerold foi o treinador da Pestalozzi de Maceió, Josias Lino, atleta dos 400 e 200 metros rasos que o acompanha na rotina de treinos no quartel. O treinador enfatizou as principais características do garoto. “Ele se destaca pelo carisma contagiante e força de vontade. As vezes, fica emburrado, mas sempre motivado, o que nos surpreende. O esporte faz com que ele ganhe mais autonomia e enxergue um novo mundo de possibilidades”, pontuou.

DESEMPENHO NA SALA DE AULA, NA VIDA E NO FUTURO

No colégio, Rerold também projeta o futuro. Mesmo ainda muito novo e cursando o 6º ano, o menino já pensou que cursar Direito pode ser uma alternativa, mas, no momento, seus planos passam mesmo é pelo atletismo. Rerold Leandro ainda deixou um recado para os jovens que também têm paralisia e sonham em brilhar no esporte.

“Meu maior sonho, hoje, é chegar a um nível em que eu possa disputar as paralimpíadas e representar Alagoas lá fora. O Atletismo, para mim, é uma forma de diversão. Por meio dele, me preparo para a vida e fico pronto para tudo que possa acontecer no futuro. Digo aos outros que foquem nos seus sonhos, não importa o que aconteça e o que as pessoas falam. O importante é seguir o coração e a sua mente”, concluiu Rerold.

O seu professor, Josias Lino, acredita que o futuro do garoto como atleta é promissor. “Enxergo nele um grande potencial. Ele é muito jovem, tem muitas coisas para aprimorar, mas com perseverança e força de vontade pode conquistar muito num futuro próximo. O impossível só é impossível até que alguém chegue e prove que é possível”, finalizou.

Texto da equipe Algo Mais Consultoria e Assessoria publicado na Revista Contato! Edição 2018.

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Entre a quadra e os livros

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By on set 24, 2018 in Esportes, Geral | 0 comments

Alunos-atletas falam sobre o desafio de manter a alta performance na sala de aula e no esporte

Super-heróis à parte, mas a máxima: “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades” se aplica com muita propriedade aos alunos-atletas do Contato. Eles conseguem conciliar treinos e competições, conquistam grandes resultados nas quadras, ao mesmo tempo em que não deixam a bola cair em sala de aula. Destacam-se nos esportes e nas notas. Só que nada disso é superpoder – pelo contrário, é resultado de muita disciplina, dedicação e definição de prioridades.

Bárbara Urquiza, aluna do 2º ano Poliedro e atleta de ginástica rítmica, estuda pela manhã e treina cinco horas por dia (das 15h às 20h), de segunda a sábado. Para conquistar medalhas e o título de Aluna Destaque diversas vezes, ela lança mão de algumas estratégias, como levar os livros para a quadra e estudar enquanto espera a bateria diária de exercícios.

“Como passo boa parte do meu dia treinando, em todo o meu tempo livre tento me dedicar aos estudos e não acumular assuntos! Saio todos os dias de 13h30 para o treino, que começa às 15h e, nesse tempo, estudo. Só chego em casa às 20h30 e estudo até às 23h”, revelou a garota, do alto da responsabilidade de seus 15 anos.

Disciplina e persistência similares podem ser observadas em outros jovens atletas, que se dedicam simultaneamente ao conteúdo escolar e à prática esportiva. Afinal, dentro de quadra é preciso estar concentrado, acertar a jogada, trabalhar em equipe e, se preciso, correr atrás do resultado.

“O hábito desenvolvido nos esportes faz o aluno entender a importância de treinar, errar, tentar e fazer de novo, até acertar, tanto no que refere às capacidades físicas quanto cognitivas”, apontou Gabriela Barbosa, coordenadora de Esportes do Colégio Contato.

ATLETAS E VESTIBULANDOS

Mesmo diante de tantos benefícios comprovados, alguns pais temem que o esporte ocupe mais espaço que os Bárbara concilia livros e quadras com muito êxito estudos na rotina dos filhos. Por isso, o Colégio Contato acompanha seus alunos-atletas de forma especial, incluindo flexibilidade de horários, para assegurar que a vida acadêmica dos jovens não sofra interferências, tranquilizando os pais.

“Acompanhamos para que não haja choques entre as atividades esportivas e as de estudo, acomodando horários de aulas, provas, jogos, treinos e até aulas extras”, assegurou Ernesto Stadtler, diretor pedagógico do Ensino Médio.

Ao longo de anos como educador, Ernesto presenciou os benefícios do esporte em diferentes gerações de alunosatletas: “sem sombra de dúvidas, a prática esportiva capacita os alunos a serem vencedores, faz com que não desistam dos sonhos e os torna profissionais resilientes, capazes de incorporar respeito e disciplina aos ambientes de trabalho”, completou.

De fato, os próprios jovens sabem reconhecer seus objetivos e definir qual a melhor estratégia para alcançá-los. Assim como no esporte, há o momento de atacar e o de segurar o jogo para administrar o resultado. É por isso que os atletas César Lira e Lucas Lima, ambos de 17 anos e alunos do 3º ano, resolveram “pegar leve” com o handebol em 2018, tendo em vista o grande desafio do Enem este ano.

“Até o ano passado, treinávamos de duas a três vezes por semana. Este ano, porém, apenas uma. Parei em virtude do Enem e também de uma fratura no dedo da mão. Meu objetivo é entrar em uma faculdade pública de Medicina. Este ano procurei apoio para definir um horário de estudos, pois tento me empenhar ao máximo no que faço”, relatou César.

Lucas concordou com o amigo: a prioridade é estudar para o vestibular, então, o tempo em quadra diminuiu um pouco, embora a vivência de atleta seja para sempre. “Aprendi muito com o esporte na minha vida. Aprendi que as coisas não vão acontecer do nada ou na hora que você quer. Nem sempre pode ser seu dia, mas se houver esforço e dedicação você pode fazer de qualquer dia o seu. O que levo para minha rotina é que não se deve desistir nunca e, se você persistir, vai alcançar tudo o que quer”, incentivou.

A maturidade e a motivação desses jovens atletas já não causam surpresa aos treinadores e professores. “Percebemos que o aluno que lida com questões relativas à perda, ganho, à frustração diante da derrota e ao mérito da vitória tem o privilégio de entender, por meio do esporte, que há situações na vida que dão certo e outras que servirão de aprendizado”, reforçou a coordenadora Gabriela.

Texto da equipe Algo Mais Consultoria e Assessoria publicado na Revista Contato! Edição 2018.

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O teatro e a escola

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By on set 7, 2018 in Geral, Projetos pedagógicos | 0 comments

Colégio Contato incentiva alunos para cultura com aulas de teatro e abre portas para o conhecimento por meio da atividade

O teatro, como uma atividade potencialmente produtiva no ambiente escolar, tem a capacidade de promover habilidades essenciais para o desenvolvimento do aluno. O contato com a linguagem artística ajuda as crianças e os adolescentes a perderem a timidez, a desenvolverem e priorizarem a noção do trabalho em grupo, a obterem bons resultados em situações nas quais é necessário o improviso, além de ampliar interesses de diversos gêneros.

A prática educativa se dá por meio do desenvolvimento de habilidades de comunicação, de conduta e também proporciona a expansão do olhar para a compreensão de si e do que acontece no mundo ao seu redor.

Aluno do 2º ano do Ensino Médio, Gabriel Alves sempre gostou de cinema e sentiu vontade de saber como era o teatro. Ele é a prova de que a encenação desenvolve as características supracitadas. “As atividades teatrais das quais participo no colégio têm me ajudado a vencer a timidez e aprimorado bastante o meu pensamento crítico. O teatro, para mim, é uma atividade educativa e ensina uma nova forma de comunicação”, afirma Gabriel.

INCENTIVO À ARTE

O teatro pode colaborar para que crianças e adolescentes tenham oportunidades de atuar efetivamente no mundo, opinando, criticando e sugerindo. Além disso, permite ajudar o aluno a desenvolver aspectos como criatividade e vocabulário. Sabendo da importância da prática no ambiente escolar, Naeliton Santos, professor de artes cênicas do Colégio Contato, frisa que fazer teatro na escola não é apenas levar para o palco os personagens e a trama do livro lido pela turma no encerramento do semestre.

“Trabalhar com teatro exige conhecimento técnico. Por isso, para desenvolver algo que introduza crianças e jovens nessa linguagem, faço questão de trabalhar em parceria com os professores das diversas disciplinas que se associam à arte. Aqui, nós temos essa compreensão e apoio dos docentes, o que permite um resultado digno de palco”, destacou o professor.

Ainda de acordo com Naeliton Santos, o teatro proporciona grandes experiências para os alunos e, até mesmo, para os professores. Em parceria com o professor de literatura Beto Brito, foi criado o Projeto Esquete Literário, que conta com a participação dos alunos do Ensino Médio. Os ensaios são realizados sempre aos sábados, das 9h às 11h, no próprio colégio. Além do projeto, existem também aulas e oficinas para os alunos do Ensino Fundamental II, com ensaios sempre nas segundas-feiras, das 12h às 12h45.

“A nossa proposta é fazer com que os conteúdos das disciplinas sejam complementares, visto que em uma encenação se pode transmitir conhecimentos culturais, históricos, científicos e morais. Além disso, queremos que os alunos se envolvam com a trama, com os personagens e se divirtam ao representar seu papel artístico”, concluiu o professor.

Texto da equipe Algo Mais Consultoria e Assessoria publicado na Revista Contato! Edição 2018.

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Era digital: em meio a aplicativos e livros

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By on ago 31, 2018 in Geral | 0 comments

Variando entre organização de tempo, mente e conteúdo, o uso do método correto pode acelerar o processo de aprendizagem

A dificuldade em concentrar-se nos livros atinge muitos estudantes que não conseguem manter um planejamento de estudos por pura distração, principalmente nesta era digital. Por isso, para se concentrar é necessário ajustar padrões de estudo, como: procurar um lugar silencioso, experimentar uma nova técnica ou, simplesmente, desenvolver um plano de estudos eficaz que permita um descanso sempre que necessário.

De acordo com a psicóloga Laís Villas Boas, para que os alunos consigam manter o foco nos estudos, mesmo com as distrações que aparecem, é preciso delimitar um tempo de estudo diário que seja adaptado ao aprendiz. “Antes de qualquer coisa, o principal é encontrar uma forma de estudo que seja proveitosa ao estudante. Para isso, é preciso questionar se realmente aquele modo está sendo proveitoso ou não, além de tentar alguns novos métodos. Ter uma vida social rica, diversa e com muitos hábitos que tragam satisfação – que vão além de usar celular – também é muito bom, pois quando o plano diário de estudos terminar, o aluno terá um momento de relaxamento e divertimento”, explicou.

Sabendo da importância do plano de estudos, Vanessa Buarque, mãe do aluno Kaio Augusto Buarque, do 8º ano do Colégio Contato, contou que o garoto tem uma rotina fixa de estudos e que isso ajuda muito em seu desempenho escolar. Ela explicou como funciona esse planejamento.

“Nós (pais) sabemos o quanto um cronograma de estudos é essencial para que os nossos filhos alcancem suas metas durante o ano. O Kaio já foi bastante prejudicado nesse sentido antes de ter seu plano de estudos e, hoje, já é possível observar a diferença no rendimento e a disciplina com sua programação semanal. O planejamento dele baseia-se em estudar três matérias por dia e revisar um dos conteúdos do dia dado em sala de aula. Para conciliar um bom aproveitamento, ele dorme cedo. Isso tem sido muito positivo e, com o apoio dos professores, vemos o quanto ele cresceu como estudante e como pessoa”, revelou a mãe.

Ainda segundo a psicóloga Laís, é importante que os pais ajudem nesse processo dos filhos em conseguir manter o foco nos estudos e montar com eles esse planejamento. “Os pais podem e devem ajudar os seus filhos a encontrar a melhor forma de estudar, ou seja, a que mais funciona para eles. Assim, em uma conversa com os filhos, isso pode ser encontrado por uma rotina de estudo que seja estruturada e adaptada a ele. Seria interessante alimentar os assuntos que os filhos demonstram mais interesse para além das paredes da escola. Por exemplo, se o aluno se interessa por biologia, por que não o ajudar a pesquisar sobre os temas na internet ou fazer passeios na cidade que explorem o conhecimento desejado ou até mesmo assistir filmes? Isso já muda o pensamento que estudar é uma obrigação”, pontuou.

Por fim, é importante perceber qual o método de estudo que faz com que o aluno aprenda mais. Algumas pessoas preferem estudar por horas, já outras precisam parar a cada 20 minutos. Umas preferem ensinar o que aprenderam, outros preferem fazer questões. Por isso, perceber como se gosta de estudar e como aprendemos mais pode ajudar a otimizar o tempo.

Texto da equipe Algo Mais Consultoria e Assessoria publicado na Revista Contato! Edição 2018.

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Mostra Cultural Contato

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By on ago 13, 2018 in Geral, Projetos pedagógicos | 0 comments

Projeto estimula o gosto pela pesquisa, desenvolve raciocínio lógico, criatividade e comunicação oral

Faz parte da proposta pedagógica do Colégio Contato o estímulo à pesquisa, à curiosidade e à iniciativa em descobrir novas possibilidades de conhecimento. Muitas atividades são desenvolvidas para formar o estudante de maneira integral, como é o caso da Mostra Cultural, projeto que reúne diversos componentes curriculares elaborados pelos mediadores e aprendizes.

A Mostra Cultural é realizada pelos estudantes dos 6°, 7° e 8º anos do Ensino Fundamental II e aberta à comunidade escolar. Pais, alunos de outras séries e colaboradores da escola podem visitar. Além do gosto pela pesquisa, o projeto ainda busca desenvolver no aluno o raciocínio lógico, a criatividade e a comunicação oral.

Amparada por pesquisas, estudos e muita criatividade, a Mostra envolve todos os conteúdos de forma interdisciplinar. Para Mauricéa Nascimento, coordenadora dos projetos pedagógicos do ensino fundamental, o projeto visa expor diversos componentes curriculares, ou seja, várias disciplinas de forma integrada, como, por exemplo, Matemática, Inglês, Espanhol, Ciências, História, Geografia, Filosofia, Robótica, Dança, Música, Canto e Artes Plásticas.

“Todos os projetos da Mostra Cultural oportunizam aos alunos colocarem o conhecimento em prática e, aos professores, interagirem em busca de mais conhecimento adquirido. Além disso, fazem com que os estudantes aprendam a trabalhar em equipe”, pontuou a coordenadora.

FEIRA DE CIÊNCIAS

Um dos alunos envolvidos na Mostra Cultural de 2018 foi Samuel Jeferson, do 8º ano, da Unidade Jatiúca. Ele apresentou na Feira de Ciências, que está dentro da Mostra Cultural, o tema ‘Doenças Neurológicas – Epilepsia’. O estudante revelou que foi muito bom aprender de forma interdisciplinar.

“O projeto contribuiu bastante para o aprendizado do meu grupo e o nosso tema foi muito significativo, pois tratou de uma doença neurológica. Nós apresentamos o que é a epilepsia, o que deve ser feito para prevenir a doença, quais são as causas e outras informações. Além disso, fizemos uma apresentação com óculos de realidade virtual. Foi uma nova forma de aprender, uma experiência incrível”, contou o estudante.

De acordo com Maria Conceição, mãe do Samuel, o envolvimento do filho foi excelente. “Ele ficou muito motivado em participar e aprendeu bastante sobre o tema, pois se viu na situação de repassar ao público todo o conhecimento aprendido junto com seus colegas de grupo. Fico muito feliz e é muito positivo ver projetos pedagógicos como esse”, conclui.

Texto da equipe Algo Mais Consultoria e Assessoria publicado na Revista Contato! Edição 2018.

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De aluna a gerente do Facebook

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By on jul 26, 2018 in Enem, Geral | 0 comments

Aos 17 anos e concluindo o 3º ano no Colégio Contato, em Maceió, Nathalie era uma boa e disciplinada aluna, mas preferia sentar no fundão da sala, onde remoía na mente se prestaria o vestibular para Física ou Direito. Como muitos adolescentes, acabava se preocupando mais do que devia com opiniões de quem não importava tanto. Tinha uma ideia de aonde queria ir e disposição para renunciar muitas coisas e atingir esses objetivos, só que lado a lado havia também dúvidas, inquietações e inseguranças. “Em resumo, eu não era muito diferente de ninguém dessa idade”, conta a jovem advogada, hoje aos 29 anos, e nada mais, nada menos que gerente da área de Políticas Públicas e Privacidade da rede social Facebook.

A garota que saiu de Maceió para o curso de Direito na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) conquistou mais que o emprego em uma das maiores empresas do mundo, o qual lhe permite realizar o sonho que a movia desde os tempos do colégio. “O mais engraçado de tudo é que, de repente, meu trabalho tem tudo a ver com aquela minha antiga e persistente divisão de interesses entre exatas e humanas e com a vontade de mudar algumas coisas por meio do diálogo com pessoas de todo o mundo”, relembra Nathalie.

Só que as coisas não aconteceram tão ‘de repente’ assim. Ao terminar a faculdade, o primeiro emprego de Nathalie foi em uma ONG de Direitos Humanos. Aos poucos, foi tomando gosto pela pesquisa em Direito Privado e Internacional e começou a trabalhar na área consultiva de um grande escritório de advocacia.

Foi aí que seu antigo líder informou sobre uma vaga que tinha relação com seu perfil e a encorajou a participar da seleção para o Facebook. “Destaco esse ponto para enfatizar como, ao longo de toda a nossa vida profissional, mas especialmente no começo dela, é importante que estejamos cercados de gente boa no que faz e no que é, que muitas vezes enxergam em nós um talento e uma possibilidade que poderíamos não ter percebido sozinhos”, enfatizou.

O processo seletivo incluiu entrevistas com várias pessoas de diferentes áreas de atuação e de diferentes países. Nathalie não hesitou e, mais uma vez, foi aprovada.

“Entrei na empresa em setembro de 2014, quando a equipe de Políticas Públicas do Facebook na América Latina tinha apenas uma pessoa e o Marco Civil da Internet tinha acabado de ser aprovado aqui no Brasil. Sou muito otimista e sempre me empenhei nas causas em que acredito, mas a minha versão de 17 anos nunca imaginou que, hoje, eu trabalharia numa empresa de tecnologia cuja missão é dar às pessoas o poder de construir comunidades e aproximar o mundo”, comemorou.

DO ENSINO MÉDIO PARA A VIDA

Suas atribuições, atualmente, na empresa de Mark Zuckerberg, incluem muita colaboração com equipes internas de diferentes países e funções, “para ajudar a construir funcionalidades digitais capazes de combinar um alto grau de inovação com um alto grau de proteção à privacidade das pessoas”, explica ela.

Como gerente da área de Políticas Públicas e Privacidade, também precisa manter um diálogo constante com a sociedade civil e formuladores de políticas públicas brasileiros acerca das diferentes tecnologias desenvolvidas pelo Facebook. Parece trabalhoso? É tudo o que Nathalie Gazzaneo queria para ajudar a transformar o mundo. Ela sabia como alcançaria isso quando era adolescente? Não exatamente.

“Eu quis contar tudo isso dessa forma para dizer que não há problema se alguém que está no Ensino Médio ainda não sabe por onde seguir – é a soma de todas essas dúvidas junto à capacidade de decidir que vão te levar a se conhecer melhor e a apreciar a grande jornada de autoconhecimento e busca de propósito que é a vida”, incentiva a ex-aluna Contato.

Fazer escolhas, planos e se manter firme nessas decisões são parte fundamental do ponto de mutação que é o Ensino Médio, reforça Nathalie. Por isso, e a partir da sua experiência, ela deixa três dicas que podem ser aproveitadas por quem já está preocupado com a vida além dos portões da escola:

1) Não tenha vergonha de ser nerd – num mundo em que somos encorajados a ser os mais bonitos, a estar entre os mais populares, os que têm mais, os que aparecem mais e por aí vai, estar entre os nerds e se orgulhar disso é uma forma de protesto e é parte da construção de uma nova cultura em que se destacam aqueles que se importam com ser mais, que se importam com os outros, fascinados pela aprendizagem e compartilhamento de conhecimento.

2) Não ligue (mesmo!) para os que tentarem diminuir o que você é – em alguns anos, você nem se lembrará das pessoas que, por acaso, tenham feito isso. Seus amigos de verdade sabem apreciar a sua essência e ajudam a evoluir a partir dela. Há poucas coisas mais instigantes na vida do que estar rodeado de gente inteligente, sonhadora e realizadora.

3) Ser nerd vai muito além de passar no vestibular – não se trata apenas de mostrar, numa prova, uma pequena parte de todas as diferentes facetas do conhecimento que o mundo tem a nos oferecer, mas cultivar a habilidade e o prazer de aprender sempre e em diferentes contextos, liderar diante das dificuldades com resiliência e esperança e saber que a vida nem sempre é como a gente quer, mas que há uma grande oportunidade de aprender com a forma como ela se apresenta.

Texto da equipe Algo Mais Consultoria e Assessoria publicado na Revista Contato! Edição 2018.

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Nathalie Gazzaneo conta como aquela garota que queria mudar o mundo conseguiu o emprego que coloca seu sonho em prática

Nathalie Gazzaneo conta como aquela garota que queria mudar o mundo conseguiu o emprego que coloca seu sonho em prática